quarta-feira, agosto 15, 2012

BRINCADEIRAS DE SACIS – Folclore


Poema:
FESTANÇA

Na festa da mata
Fadas brincam de roda
Caipora só assobia
Sacis pulam corda.

A lua cheia brilha
Boitatá faz a fogueira
Uma sereia canta
Enfeitiçando a mata inteira.
(Nana Toledo)

A TRILHA DO SACI

Desenvolve: Equilíbrio

PREPARAÇÃO: Delimitar o caminho a ser percorrido no chão, com fita crepe. Organizar dois grupos de crianças, cada grupo de posse um chapéu, denominando o gorro do Saci. O professor poderá confeccionar o gorro do Saci de TNT vermelho.
DESENVOLVIMENTO: Dado o sinal de início, o primeiro participante de cada fileira deverá percorrer o caminho trilhado com um pé só e retornar ao local de início colocando o gorro na cabeça do próximo participante. Assim procede sucessivamente até que o último participante chegue à linha de início.
OBSERVAÇÃO: Vencerá o grupo que percorrer o caminho e chegar à linha de início.


REINO DOS SACIS
Desenvolve: Percepção Espacial

**Num canto do terreno marca-se o "palácio", onde fica um jogador, o "Saci-rei".
**Os demais "sacis" dispersam-se à vontade pelo campo.
**Ao sinal de início, os sacis dirigem-se, pulando num pé só, ao palácio real, para provocar o rei.
** De repente, este anuncia:
"_O rei está zangado!", saindo a persegui-los, também aos pulos. Ele mesmo conduz ao palácio o primeiro que pega e o nomeia seu ajudante.
** A brincadeira recomeça, tal como antes, saindo agora os dois, após novo aviso, em perseguição aos demais e assim por diante.
** O último apanhado será o novo rei, na repetição do jogo.
**Ninguém pode apoiar os dois pés no chão, sob pena de ser aprisionado, exceto nos seguintes casos:
 a) quando o jogador estiver dentro do palácio;
 b) quando o jogador estiver cansado, devendo, porém, ficar parado num mesmo lugar, ocasião em que poderá ser apanhado.
**O jogador aprisionado ficará dentro do palácio, até outro ser preso, só então podendo voltar ao lugar onde estava antes. 


LUTAS DE SACIS
Desenvolve: Equilíbrio
** Escolher os Sacis, que são colocados uns em frente aos outros, sendo que cada um receberá uma almofada. Ao sinal todos posicionados numa perna só, começam a luta.
**Os concorrentes tentam derrubar seu adversário, empurrando com a almofada.
**Aquele que tocar os dois pés no chão será eliminado, sendo substituído por outro concorrente.
**Será vencedor o Saci que eliminar mais adversários


Estruturação e organização espacial
(Percepção Espacial)

É a tomada de consciência da situação do próprio corpo, na relação com o meio ambiente. A organização do mundo exterior parte do EU como referência, depois com relação ao outro, aos objetos e dos objetos entre si. 
    As dificuldades de estruturação espacial dificultam na criança a percepção à direita e à esquerda, podendo confundir letras e números na leitura e na escrita, por ex: d/b, p/q, 21/12, n/u, ou/on, bola/loba, toc/cota. Dificultando, portanto o processo de aprendizagem da leitura, da escrita e da matemática.

***Sugestões de atividades***

- Orientação do corpo no espaço: explorar as mais diferentes formas de deslocamentos:
***caminhar, engatinhar, rolar, arrastar, pular (rápido, lento, perto, longe, em cima, próximo, em baixo...);
- Orientação no espaço imediato: explorar deslocamentos que envolvam posições do corpo (dentro-fora, acima, em baixo, entre...), ex:
 ***andar entre as carteiras, passar por baixo da mesa, entrar na caixa ou pular dentro do arco...
- Sentido de distância: explorar deslocamentos que envolvam distâncias com relação ao corpo e dos objetos entre si, por exemplo:
***andar perto da parede, longe dos colegas, ocupar com o corpo o máximo de espaço possível, o mínimo possível...;
- Desenvolver noções de direita e esquerda: explorar com movimentos corporais o lado direito e esquerdo do próprio corpo, do corpo do colega, através de jogos e brincadeiras que envolvam o andar, correr, saltar, pular, rolar...

***SUGESTÕES DE JOGOS E BRINCADEIRAS***

CAÇADA DE ANIMAIS

PREPARAÇÃO: Nos quatro cantos da sala ou quadra, traçam-se os “currais” e num dos lados do mesmo, a “prisão”. Uma criança será o pegador e as demais serão divididas em quatro grupos de igual número, sendo que, cada grupo será nomeado como um tipo de bicho que vive em currais.
DESENVOLVIMENTO: Dado o sinal, o caçador grita o nome de duas espécies de bichos que deverão trocar de lugar. O caçador deverá persegui-los e todo aquele que for caçado deverá ser recolhido à prisão.

A PONTE

PREPARAÇÃO: Organizar duas linhas no chão. Sendo uma fixa e outra móvel. Os alunos deverão organizar-se em fila.
DESENVOLVIMENTO: Dado o sinal, os alunos deverão pular a ponte, sem pisar no centro.
Conforme forem passando a ponte será aumentada.
OBSERVAÇÃO: Vencerá a criança que conseguir pular a maior distância delimitada no chão.

O PASSARINHO QUER SEU NINHO 

PREPARAÇÃO: Desenhar no chão vários círculos, conforme o número de alunos. Sendo que cada criança (os passarinhos), deverá ficar dentro dele, sendo assim nomeado seus ninhos. Uma criança em destaque ficará sem “ninho”.
DESENVOLVIMENTO: Dado o sinal, o professor dirá: - Passarinho quer seu ninho!
 Nesse momento as crianças deverão trocar de lugares.
E a criança destacada deverá tentar ocupar um lugar.
OBSERVAÇÃO: Pode-se ir eliminando os círculos, retirando as crianças que não conseguirem ocupar os círculos.

domingo, julho 29, 2012

BRINCADEIRA
LÁ VAI O LENÇO

Desenvolvimento:
**O professor dá início à brincadeira jogando um lenço com nó a uma das crianças, dizendo, por exemplo – “BALA”.
**A criança que apanhar o lenço imediatamente responderá com outra palavra iniciada com a última sílaba “LA”, por exemplo – “LATA” – e logo atira o lenço para outro colega que ao recebê-lo deve falar outra palavra, seguindo a mesma regra.
**A brincadeira consiste, quem recebe o lenço deve falar uma palavra com a inicial igual à última sílaba da palavra dita pelo colega que joga o lenço.

Objetivos:
Desenvolvimento da Análise, da atenção, Percepção Auditiva, vocabulário, boa pronuncia, linguagem verbal.
Além de ser uma atividade recreativa que desenvolve a boa atitude em atividade em grupo.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Estas atividades, realizo com crianças
que apresentam dificuldade de aprendizagem
na leitura e escrita, principalmente com a realfabetização de crianças dislexia.


Observando a brincadeira ‘Lá vai o lenço’ e a sugestão da atividade, o professor consegue trabalhar a decomposição do todo em partes, pois na brincadeira pega uma parte da palavra (última sílaba) e cria outra palavra. Enquanto que na atividade decompõe o todo (palavra) em partes (letras).


Os Toddlers – pequenos aprendizes


Este é um período de mudanças.
Toddlers em inglês significa: “criança que está aprendendo a andar”.
Nesta fase a criança alterna comportamentos de bebê com atitudes próprias de quem é grandinho. Ela necessita sempre de um adulto por perto, pois, não tem noção do perigo.
A criança nessa fase é um pequeno aprendiz, pois o seu cérebro que ao nascer tem cerca de 25% do peso do de um adulto, passa por mudanças dramáticas. Segundo o neuropediatra Luiz Celso Vilanova, professor da Unifesp: “Nessa fase, as crianças estão muito mais sensíveis a estímulos externos, que podem modificar circuitos neurais”. E de acordo com ele, quanto mais estímulos à criança receber nessa fase, mais conexões – sinapses – o cérebro vai fazer, o que facilita o aprendizado.  
Os seres humanos nascem com muito mais neurônios do que quando o cérebro atinge a maturidade, explica Lisa Freund, neurocientista na instituição americana Nichd. Diz ela: “Neurônios e qualquer conexão neural que não for estimulado vão morrer”. Então, a importância da estimulação do bebê. “O cérebro do bebê é esculpido pelas experiências dele e do ambiente em que ele vive”.
Muitos estudiosos descrevem o cérebro dos bebês como capaz de organizar naturalmente as percepções do mundo á sua volta. Isso é possível por meio da estimulação auditiva (Percepção Auditiva) a que os bebês estão expostos, particularmente a linguagem verbal.
Outro dos processos que ajudam os bebês a organizar as informações visuais (Percepção Visual) é a habilidade deles de separar a percepção do que é objeto estático do que é objeto em movimento.
Para o psicólogo norte americano, Brett Kuhn, da Universidade de Nebraska: “Basicamente seria pôr a criança em um ambiente adequado e sair do caminho”. Pois para ele é importante que as crianças tomem algumas decisões e aprendam por si mesmas.
O adulto exerce uma influencia importantíssima sobre o desenvolvimento da criança nesta fase. Uma pesquisa realizada pela Tenple University, nos Estados Unidos, mostrou que crianças entre 1 a 3 anos aprendem com mais facilidade palavras ditas pelos que estão ao seu redor, não importando o interesse que tem pelo objeto, enquanto bebês até 10 meses gravam os nomes dos objetos que são mais importantes e interessantes para eles.
Pesquisas revelam que mães que conversam bastante com os seus filhos e usam um vocabulário rico para descrever objetos e situações ajudam a criança a desenvolver um vocabulário mais amplo, sendo importante ler para os pequeninos e contar histórias.
Além do aprendizado por meio das palavras, as crianças aprendem também por meio da imitação dos gestos dos adultos.
De acordo com a endocrinologista infantil Juni Castro: “A criança lê o comportamento dos adultos e absorve, por isso é importante ter um ambiente familiar harmonioso”.
Os pequenos aprendizes desta faixa etária absorvem o comportamento dos adultos e o que está no ambiente, passando a interagir com o meio.
A imitação está envolvida com o processo de aprendizagem social e se dá a partir da observação.
Estudos mostram que bebês com menos de um ano podem fazer imitações mesmo depois de 24 horas após ver a desempenho de um adulto com um brinquedo ou objeto, explica Lisa Freund.      
 A habilidade de imitar é um processo importante e pode ser verificada em expressões faciais e movimentos, ou imitações de movimentos complexos com objetos.



terça-feira, julho 24, 2012


SÍNTESE

Capacidade de unir, de juntar partes, unidades – exemplo: sílabas – para formar um todo - palavra, a partir da união das partes tiram a conclusão do todo. Um jogo que desenvolve esta habilidade é montar quebra-cabeça.
Exemplos de atividades:
Atividade p/ 1º e 2ºAno


ANÁLISE

Capacidade de decompor, de separar um todo em partes, em unidades menores – exemplo: palavras em sílabas, dividir figuras em partes.
Exemplos de atividades:


ANÁLISE-SÍNTESE

È um processo em que cada uma das partes do todo tem ligação com as outras partes.
Este processo tem grande relevância na aprendizagem da leitura e da escrita.
E caso não estejam, suficientemente desenvolvidas estas capacidades, na criança, ela terá grandes dificuldades na alfabetização.
Portanto, é de fundamental importância trabalhar com a criança na Pré-escola, através de jogos, brincadeiras e atividades os conceitos de análise-síntese.
 Na minha opinião, a Pré-escola prepara os pequeninos para a alfabetização, sendo que as habilidades e conceitos desenvolvidos através do corpo e da interação com o meio tem muita importância para a aquisição destes conceitos.
Trabalho as mesmas atividades, jogos e brincadeiras com o 2º Ano, pois, faço adaptações para o nível da turma e venho obtendo resultados positivos com as crianças que apresentam dificuldade na aprendizagem.   
Exemplo de atividades:
Atividade p/1º e 2ºAno

quarta-feira, junho 27, 2012


Lateralidade
 É o estabelecimento da dominância lateral de mão, pé e olho.
Uma lateralidade bem definida assegura à criança maior facilidade de aprender as posições à direita e à esquerda em relação a seu corpo e da comparação dos objetos entre si.
A aquisição deste conceito, para a aprendizagem da leitura e escrita é de fundamental importância. A falta dele implica em confusão na orientação espacial, podendo apresentar dificuldades tais como:
    - trocas de letras (p-q, d-b) e em palavras (pueijo-queijo, bola-dola);
    - escrita em espelho (5-2, 36-63, casa-saca, 7-f, E-3...); esta dificuldade é notada em crianças canhotas.
- pessoas com dislexia apresentam confusão na área da lateralidade – sei disso por eu mesma ser disléxica, tenho lateralidade cruzada. Ver mais no Link:Lateralidade cruzada 

*Sugestões de atividades*

**Desenvolver, conceitos básicos de direita e esquerda;
**Explorar todos os tipos de exercícios que:
    - envolvam deslocamento para direita e esquerda, (rolar, andar, correr, saltar)...
    - movimento de cabeça, braço, perna, tronco, para a direita e esquerda;
    - relaxamento dos lados direito e esquerdo do corpo;
    - explorar texturas em um lado do corpo, depois do outro;
    - pegar, chutar, jogar bola de um lado e depois do outro, com um lado do corpo, depois com o outro; Ver mais no link: Tarefas lateralidade


Estruturação e organização temporal
É a tomada de consciência da sucessão e periodicidade dos acontecimentos, bem como de caráter irreversível do tempo.
    Na orientação temporal, dedicamos atenções especiais ao ritmo, que auxilia a apreensão de sucessão temporal em termos de duração e intervalo.
 A atividade rítmica desempenha papel fundamental na edificação intelectual e na maturidade das atividades motoras sincronizadas.
    Quando o aluno apresenta dificuldade na orientação temporal geralmente está associada às dificuldades nas estruturas espaciais, refletindo a nível pedagógico, nas dificuldades de ordenação das letras, sílabas e reconstituição de frases, podendo acarretar sérios fracassos na matemática, pois para a realização do cálculo o aluno necessita de pontos de referência, tais como: a noção de fileiras, de colunas, do antes e do depois. 
As atividades para a estruturação e organização do tempo, através do ritmo, favorecem a atenção e memória, exigindo a apreensão atenta da sucessão temporal, em termos de duração e intervalo.

***Sugestões de atividades***

Desenvolver a apreensão perceptiva motora do tempo. Realizar atividades que explorem:
  • Ritmos internos (respiração, pulsação, batimentos cardíacos...);
  • Ritmos externos (simples, fortes, suaves);
  • Ritmos cadenciados (cadencias codificada com diferentes tempos);
  • Acompanhamentos de ritmos (tambor, chocalhos, clavas...);
  • Andar, correr, engatinhar, rolar em diferentes ritmos (ritmo, lento e rápido).
  • Ordenação temporal (antes, depois, agora);
  • Desenvolver o sentido de velocidade do tempo;
  • Ordenar o sentido de duração do tempo, explorar sons contínuos e interrompidos, associados ou não ao deslocamento (andar, correr...).

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